A precarização do serviço público e a falta de respaldo do estado aos profissionais de serviço social gera um cenário preocupante de adoecimento mental entre esses profissionais. A falta de recursos, o trabalho precarizado e a sobrecarga de responsabilidades são fatores que contribuem para esse problema, pois acabam gerando um ambiente de trabalho estressante e pouco gratificante.
 Os profissionais de serviço social, em sua maioria, atuam em contextos de vulnerabilidade social, com populações em situação de risco, como a população em situação de rua, as vítimas de violência, entre outros. Isso faz com que o trabalho seja desafiador e exigente, o que pode levar ao desgaste emocional e à exaustão.
Somado a isso, a falta de reconhecimento e valorização por parte do estado e da sociedade, bem como a burocratização e a falta de autonomia, são fatores que também contribuem para o adoecimento mental dos profissionais de serviço social.
   É preciso que sejam criados espaços de escuta e diálogo entre gestores e trabalhadores, de forma que as demandas e dificuldades enfrentadas no cotidiano de trabalho possam ser discutidas e solucionadas.
  Também é importante que sejam desenvolvidas campanhas de conscientização acerca dos impactos do adoecimento mental nos profissionais de serviço social, de forma a desmistificar a ideia de que doenças mentais são sinais de fraqueza ou falta de comprometimento.  
  É fundamental que os profissionais de serviço social possam contar com um ambiente de trabalho saudável e seguro, que possa garantir uma prática profissional efetiva, acolhedora e consistente.
 Para enfrentar essa situação, é fundamental que o estado reconheça o papel fundamental dos profissionais de serviço social na sociedade e invista na criação de políticas públicas que assegurem condições adequadas de trabalho, como carga horária compatível, salário justo e formação continuada. Além disso, é importante que haja capacitação para lidar com o estresse e o desgaste emocional no ambiente de trabalho, e que sejam criados espaços de discussão e reflexão sobre a importância do cuidado com a saúde mental dos profissionais. Ainda, é necessário o reconhecimento da sociedade acerca da importância do trabalho do serviço social.
  A falta de conhecimento técnico dos ocupantes de cargos de confiança pode prejudicar significativamente o trabalho realizado pelos profissionais de serviço social. Isso ocorre porque, muitas vezes, esses ocupantes tendem a interferir na condução das atividades, sem levar em consideração as metodologias, práticas e conhecimentos específicos dos profissionais.     Além disso, a falta de familiaridade com as particularidades da atuação do serviço social pode dificultar a compreensão das complexidades das demandas do campo de trabalho, comprometendo a qualidade e a efetividade do trabalho desenvolvido. A presença de gestores sem o devido conhecimento técnico pode acabar por desqualificar a atuação dos profissionais de serviço social, frustrando suas iniciativas e comprometendo os resultados alcançados na promoção da justiça social e dos direitos humanos.